Google+ Psicologia Transpessoal e Fenomenologia Existencial

Translate

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Video Cassetadas e Comportamentos Repetitivos




Você já parou para ver as "video-cassetadas"? Todo mundo conhece, são vídeos feitos em casa, que incluem momentos constrangedores, na maioria das vezes quedas, escorregões, tombos, entre outras coisas. Hoje em dia, isso passa em vários lugares, não só na televisão aberta, mas nos canais por assinatura e também na internet.

É curioso perceber nossas reações, são as mais variadas possíveis, quando as vemos: Algumas pessoas se deliciam, e riem muito; outras vêem como humilhação; uns aguardam pela próxima cena ansiosos, enfim, cada pessoa reage de maneiras específicas e particulares a esses programas.

No caso das cenas que privilegiem a humilhação, quedas, machucados, e até mesmo violência, e sexualidade, é possível estabelecer uma relação entre o interesse e o prazer de assistir a tais cenas, com o dominio perinatal da teoria Transpessoal.

Antes de entrar nesse assunto, gostaria de mencionar outro elemento importante, que nem sempre é considerado: o fato de saber que se está sendo filmado é capaz de alterar o comportamento dos protagonistas da cena? E também; por quê alguém escolhe não apenas filmar, mas também divulgar, enviar para a televisão ou para a internet as cenas de "video-cassetadas"? O que esses dois comportamentos têm em comum - a exibição de um ato para uma platéia, a dinâmica inseparável do "observado-observador", que também faz parte do domínio perinatal do inconsciente.

O que quero dizer é que assistir, produzir e divulgar essa categoria de videos não se origina apenas das motivações sociais e egocêntricas do campo contingencial, e do ambiente imediatamente observável. Nós não somos uma "tabula rasa" que é totalmente preenchida com os valores parentais e ambientais. Ao nascermos, já temos registros próprios da espécie, da cultura humana e da familia, que exercem influência sobre nosso comportamento e o modo como enxergamos e sentimos o mundo.

Existem aspectos mais fortes e presentes, que são de certa forma, alimentados por conteúdos inconscientes (de natureza perinatal, relativas aos aspectos biológicos e simbólicos do nascimento humano).

Justamente porque esses aspectos nunca encontram uma via autêntica de liberação e vasão, apenas situações incompletas na aparência e nos objetivos, esse tipo de comportamento necessita ser repetido exaustivamente,  pois de alguma forma, a concretização desse sentido não pode ser realizada no cotidiano.


Ainda que alguns desses objetivos sejam benéficos, caso sejam a diversão, expressão pessoal, sentir-se observado e admirado, identificação com outros semelhante, entre outros, eles dificilmente chegam perto da intensidade e da realização plena dos aspectos que os motivam, ou seja, a morte e o renascimento psicoespiritual.

Por isso que muitas pessoas sentem um imenso vazio em suas vidas, muito embora elas possuam tudo que lhes traga felicidade - elas estão realizando apenas uma parte das suas motivações: são reconhecidas socialmente, trabalham honestamente, ganham o quanto podem sem passar necessidade, são ótimos amantes, excelentes profissionais e filhos exemplares.

Quem sabe, elas nunca viveram realmente uma morte psicoespiritual, que é morrer sem a morte física, mas o vazio que elas sentem traz justamente essa sensação de morte, que lhes é necessário para dar u sentido que falta à sua existência. Quando sentem esse vazio, seguem o "script" aprendido de preenchê-lo com o mundo externo: compras, adrenalina, vícios, tudo que lhes distraia e alivie a sensação de vazio. Paradoxalmente, tudo isso acaba trazendo a sensação de morte e vazio, pois no final o saldo continua negativo...

Isso vale para as video-cassetadas, e também para vários comportamentos repetitivos e aparentemente sem sentido, mas que nos dão muito prazer e felicidade na hora, mas no final parecem que não valeram e precisamos repetir.

O domínio perinatal do inconsciente consiste de padrões experienciais, ou matrizes. São assim chamadas "matrizes" com toda a razão, pois são as "fôrmas primordiais" de muitos comportamentos, valores, sentimentos e sensações físicas que vivemos no cotidiano. Foram descobertos a partir de pesquisas controladas de experiências de estados ampliados de consciência.

Tais estados costumam ser alcançados através de meditação, relaxamento profundo, uso de substâncias alucinógenas, rituais indígenas e xamânicos, jejuns prolongados, privação de sono, e até em crises espontâneas. Praticamente todas as filosofias orientais e milenares descrevem algum ou muitos desses padrões experienciais, que fazem parte do registro amplo da humanidade, e portanto, são acessíveis a todas as pessoas de todas as épocas e culturas.

Esse registro amplo foi chamado de "Inconsciente" por Sigmund Freud, e posteriormente, outro psiquiatra chamado Carl Jung chamou-o de "Inconsciente coletivo", por perceber que ele contém todos os padrões experienciais de toda a humanidade, não apenas o registro da vida biográfica individual, como Freud descobrira.

Recentemente, ou seja, em meados dos anos 1960, Stanislav Grof ,outro genial psiquiatra, descobriu que todas as pessoas sujeitas de laboratório para pesquisas psicodélicas, tiveram experiências de regressão ao útero materno e de renascimento psicoespiritual. Após centenas de relatos de casos, constatou que, além de sua compreensão psicanalítica freudiana ser limitada para explicar todas essas experiências embrionárias e relativas ao renascimento psicoespiritual, essas experiências provocavam profundas mudanças na visão de mundo daqueles sujeitos.

Tais mudanças incluiam: resignificação de traumas de tenra infância, de abusos sexuais, de comportamentos suicidas e auto-destrutivos, mudanças de estratégias de vida para uma vida mais simples e menos baseada em medos irracionais, entre outras. Em resumo, muitos casos clínicos considerados com poucas chances de melhora, pois já haviam sido atendido durante longos anos apenas com psicoterapia verbal ou psicanalítica, abordagem muito válida até hoje.

Depois dessa breve história realmente invejável para qualquer interessado no comportamento humano, Stanislav Grof deu continuidade às pesquisas e acabou estabelecendo pontes com outras abordagens que também compartilham de uma visão tanto humanista (que colocam o ser humano no centro do interesse da sobrevivência planetária) quanto multi-dimensional e consciencial (filosofias orientais e conhecimentos da chamada Filosofia Perene). O resultado é constatado e válido até hoje, em sessões de respiração e renascimento, e de terapia vivencial que utilizam abordagem corporal, psicodrama e psicossintese.

A Matriz Perinatal 3, como padrão, relativa a esse tópico de repetição, vazio existencial e video-cassetadas possui os seguintes parâmetros: 


- Identificação com três personagens ao mesmo tempo: agressor, vítima e um terceiro observador


- Sensação de estar numa situação de luta, com a possibilidade de término e vitória


- Aspecto titânico: imensa carga de energia física, voltada para a sobrevivência do feto dentro do canal de parto - resulta em agitação, ansiedade e incapacidade de estar no presente, no mundo cotidiano.


- Dinâmica de antagonismo com a mãe / mundo / outros - sensação de uma "incurável" separação com relação ao mundo, necessidade de estar sempre lutando com adversários na cotidiano


- Elementos sexuais distorcidos, sadomasoquismo, submissão, estupro, contato com elementos biológicos, tais como sangue, urina, fezes, placenta - resulta em dificuldade de estabelecer vínculos amorosos, apenas relações baseadas no prazer imediato e sexual.


- Sensação de que "aqui" não está bom, mas com sacrifício se chegará ao paraíso,que está lá na frente, ou no futuro. Próximo do final, transição para a próxima matriz. - resulta em estratégias perdedoras, baseadas em evitar constantemente a morte do ego, em se estar sempre no controle e em sacrificar o presente para alcançar um objetivo que nunca realmente se concretizará.


Obviamente, nem todos os vídeos tratam de humilhação, agressão ou satirização. São acontecimentos trágicos e inusitados que se manifestam, e ficam em evidência. A questão não é meramente o conteúdo dos vídeos, mas sim o que se faz com eles. Como são exibidos, como aparecem de maneira muitas vezes repetitiva, sem a menor utilidade além de manter espectadores ligados no mundo externo. Qual a atitude de quem exibe e de quem assiste? Qual a filosofia de vida revelada na exposição e na espiação coletiva?

Qual Terapia Funciona Para Você?


O que você acha mais fácil? Relaxar o corpo, e descansar depois de um dia carregado com uma boa noite de sono, uma massagem... Ou relaxar a alma, descansar dos mesmos pensamentos de todos os dias, e ter alguma mudança perceptível sobre você mesmo e a sua própria vida? A alma, neste contexto, não tem nenhum significado metafísico. Trata-se de uma dimensão sensível, que compreende o mundo e dá sentido à sua existência. Quando fazemos alguma atividade física que nos permite relaxar durante uma hora, ou até mais, é possível alterar a nossa relação com os pensamentos e emoções, pois existe uma relação direta entre o corpo e a alma. Aquilo que sentimos e pensamos pode afetar nosso corpo e a saúde orgânica. Da mesma forma, atividades físicas como uma caminhada, yoga, ou uma relação sexual podem modificar os estados emocionais em que nos encontramos.


Mas, e quanto ao aspecto emocional e psicológico? Não sei se você já teve a oportunidade de fazer psicoterapia ou alguma outra terapia voltada para os aspectos da personalidade. Talvez você tenha conhecido um psicólogo (ou terapeuta) que pôde ajudar você a compreender os significados e as causas dos seus problemas, pelo menos dos principais que lhe afligiam. Não é preciso tanto: uma pessoa mais experiente dentro do seu círculo de relações (um tio, avó, alguém que você escolheu), que lhe explicavam coisas da vida, e permitiam que você visse tudo com novos olhos!


Tudo depende das experiências que você teve até agora: o autoconhecimento pode ter tido momentos agradáveis, outros razoavelmente difíceis. Se suas mudanças vieram junto com doses de sofrimento e conflitos, isso pode marcar em sua mente um caminho doloroso quando você pensa em transformação pessoal e autoconhecimento. Pare por um momento, e faça uma recapitulação da sua história. Quais acontecimentos lhe marcaram e transformaram a sua vida? Você se sente um protagonista ou um espectador? O que sente pelas pessoas à sua volta, e o que elas sentem por você? Essas perguntas lhe agradam ou incomodam?

Mudar o seu comportamento por conta própria é uma das tarefas mais desafiantes que uma pessoa se propõe a realizar. Quantas vezes já tentou mudar um pensamento ou sentimento incômodo em relação a situações conhecidas? Ou então, desejou se sentir diferente com relação a uma pessoa próxima?


A psicoterapia verbal é um tipo de terapia muito conhecida e valorizada pela ciência. É uma opção, entre muitas outras, mas não serve para todas as pessoas, em todos os momentos de vida. Uma terapia deve atender às necessidades dos pacientes, e não o contrário. É necessário respeitar o jeito que cada pessoa vive o mundo e a si mesma. Porque são as experiências que transformam as pessoas, não apenas uma palavra ou a interpretação de um terapeuta. Essa é uma dentre muitas das razões, pelas quais as pessoas buscam novidades. Elas querem ter experiências que lhes permitam transformar os sentimentos, as crenças e os conceitos a respeito do mundo e delas mesmas.


Partindo deste princípio, as psicoterapias vivenciais são uma modalidade de terapia que, através de recursos diferenciados, além da conversa ou análise, facilita o acesso à nós mesmos. Costumam ter resultados efetivos, que ocorrem em relativamente pouco tempo. Nessas terapias, a conversa se limita ao básico, sem análises ou explicações sobre a experiência. Porque a psicoterapia experiencial tem como foco as experiências, e não as explicações destas. No devido tempo, a compreensão da experiência e os seus efeitos aparecem para a pessoa, sem a necessidade de uma intervenção externa do terapeuta. Você passa por um entrevista inicial, onde são obtidas informações da sua história de vida e saúde física. Antes de iniciar as sessões, são explicados quais são os procedimentos, como por exemplo, deitar, fechar os olhos, respirar desse modo, etc. Se a pessoa quiser, a conversa ajudar a compreender o que foi vivido. Mas não é o único caminho.

Então, existem vários tipos de terapia voltadas para o autoconhecimento, que utilizam ferramentas variadas, além da conversa: respiração consciente, ressignificação de memórias, exercícios e movimentos corporais, terapia através da expressão artística, entre outras. Cabe a você descobrir qual delas funciona melhor para a sua pessoa. Afinal, terapia é sinônimo de sentir-se melhor com você mesmo.

Planeje O Seu Futuro

Você já fez os seus planos para o ano que vem? Não precisa ser exclusivamente o ano novo cristão, pode ser o ano novo do seu aniversário, ou ainda um momento novo que você escolhe realizar por sua conta própria.

Quando eu penso em planos para o futuro, costumo pensar:
- Quero mais disso, menos daquilo...
- Quero ser melhor nessa atividade...
- Quero ganhar mais dinheiro do que agora...ou fazer mais atividades do que agora...

Ou seja, o plano consiste em aspectos comparativos: serei MAIS do que sou, terei MAIS, serei MELHOR nisso do que sou agora, e assim por diante.

O problema é que ISSO NÃO FUNCIONA!
Sabe por quê? Dessa forma, estamos nos comparando NEGATIVAMENTE em relação ao futuro. Como o futuro não existe, é apenas um PLANO, ou PROJETO VIRTUAL, aquilo que é REAL e PRESENTE fica prejudicado.

Então, como fazer? Pense e planeje metas CONCRETAS:

- Quero fazer X por mês no ano que vem...
- Quero conseguir realizar TAL atividade ou projeto específico...
- Vou correr X kilometros por dia no ano que vem..

Assim, pelo menos temos projetos DELIMITADOS e que não fazem parte de um JULGAMENTO ou AVALIAÇÃO do momento PRESENTE.

Como já dizia o B.F. Skinner, o reforço negativo (punição) não funciona. Mesmo assim, somos MESTRES nisso, em relação a nós mesmos... (Essa segunda frase não sei se é dele mesmo)

Vou fazer, e depois lhes conto os resultados.

GRUPOS DE RENASCIMENTO - INTEGRAÇÃO DA CONSCIÊNCIA


Basta parar de respirar por alguns instantes para se recordar que respiração é vida. Quem já não fez isso? Mas você já parou um minuto para observar sua respiração? Já se deu conta de que ela muda de acordo com os pensamentos e emoções que você está vivendo? 

O inverso também é verdadeiro: podemos alterar o modo como nos encontramos respirando conscientemente. Porque a respiração é também esse ponto mágico em que o sistema nervoso voluntário se encontra com o involuntário e podemos intervir num processo que, a princípio, é automático. Há milênios a sabedoria oriental vem nos ensinando que os exercícios respiratórios podem nos trazer inúmeros benefícios.

O conceito de "Integração da Consciência" surgiu da observação prática desse trabalho, onde os aspectos pouco conhecidos do nosso ser costumam vir à consciência, e podem ser integrados à mesma. São modos de ser, valores, crenças e sentimentos, que antes estavam des-integrados, e que, depois de integrados, assumem os seus lugares próprios na disposição do ser-no-mundo, de cada pessoa. 

Este trabalho fundamentado na moderna psicologia transpessoal, resgata a respiração como caminho de autoconhecimento e de transformação, simples e sofisticado ao mesmo tempo, ensinando-nos a viver, através da respiração, uma experiência de ampliação da consciência que nos permite acessar aspectos do nosso ser não percebidos no dia-a-dia.


Próximas datas:

Sábado 24/11 - Palestra Experiencial Gratuita, das 16h às 18h
Domingo 25/11 - Oficina Renascimento - Integração da Consciência, das 11h às 16h

 
Objetivos
Relaxamento profundo, desenvolvimento pessoal, bem-estar, diminuição da ansiedade e do estresse, autoconhecimento.
 


Coordenação:
Antonio Vaszken Dichtchekenian: Terapeuta; Pós-graduado em Psicologia Transpessoal Aplicada pelo Centro Psicoterápico e Transpessoal de Goiânia, chancela da Universidade Católica de Goiás - GO.



Horários:
Oficina de Renascimento - Integração da Consciência:
Domingos, das 11h às 16h 



Investimento: 
R$185 (cento e oitenta e cinco reais)








Informações e contato:
Telefones (11) 3865-7557 e 9955-0353
E-mail: antonio.vaszken@gmail.com

Formas de Pagamento:

Pagamento eletrônico no débito ou crédito

Otto Rank

Citações de Otto Rank

http://www.ottorank.com/home/quotes-by-rank

 

- Diario - Dezembro 1904

"A correta didática da análise é aquela que não difere em nada do tratamento curador. Como, realmente, poderá o futuro analista aprender a técnica se ele não a experimenta exatamente como deve aplicá-la depois?"
Cena da série "Em Terapia" (In Treatment) pela HBO - todos os direitos reservados
- Extraído de uma carta a Jessie Taft, citada em "Denial of Death (A Negação da Morte)", de Ernest Becker
Projeção e Identificação

"Quanto mais rica - ela é, mais variada e completa - a vida emocional de um indivíduo, menos ele tende à projeção, e mais inclinado ele será à identificação. Sua válvula de escape e satisfação vem da identificação de si mesmo com as emoções do outro. Por outro lado, quanto mais estreita e restrita é a vida de um indivíduo, mais intensas serão as suas poucas emoções, menos inclinado a, e menos capaz de, identificar-se - a falta do que ele tem de compensar através da projeção. Projeção, assim prova-se ser um mecanismo de compensação que ajusta uma ausência/falta interna. Identificação, por outro lado, é uma expressão de abundância, do desejo por união, por alianças, por compartilhamento."

Chelsea, time de futebol de Londres da Inglaterra

Na Sociedade Psicanalítica de Viena

(...) Em 1924 Rank publicou "O Trauma do Nascimento", explorando como a arte, mito, religião, filosofia e terapia foram iluminadas pela "ansiedade de separação" na "fase antes do desenvolvimento do Complexo de Édipo" (p.216 - do original). Mas não existia tal fase nas teorias de Freud. O Complexo de Édipo, explicado por Freud exautivamente, era o núcleo da neurose e a fonte original de toda arte, mito, religião, filosofia, terapia - de toda cultura humana e civilização. Foi a primeira vez que alguém do círculo interno se atrevera a sugerir que o Complexo de Édipo pudesse não ser o supremo fator causal na psicanálise. Também foi a primeira vez que alguém no círculo interno se atrevera a sugerir que haveria um complexo "pré-Edipiano" - um termo que não existira até aquele ponto. Rank foi o primeiro a usar o termo "pré-Edipiano" em um fórum público psicanalítico em 1925 (Rank, 1996, p.43 - do original). Na nova edição do Dicionário Oxford Inglês, Rank será creditado como criador desse termo, que se pensava ter sido introduzido por Freud em 1932.
Édipo e a esfinge


Influência

Rollo May, um pioneiro da psicoterapia existencial nos Estados Unidos, foi profundamente influenciado pelas leituras e escritas pós-freudianas de Rank, e sempre considerou Rank o mais importante precursor da terapia existencial. Logo após sua morte, Rollo May escreveu o pósfácio a coleção editada por Robert Kramer dos escritos americanos de Rank. "Sempre achei Otto Rank o grande gênio irreconhecido no círculo de Freud," disse May (Rank, 1996, p.xi - do original).

Rollo May: 1903-1995

Em 1936 Carl Rogers, o psicólogo mais influente nos EUA depois de William James, convidou Otto Rank a fazer uma série de leituras em Nova Yorque sobre os modelos pós-freudianos de terapia experiencial e relacional rankianos. Rogers se transformou com essas leituras e sempre creditou Rank por haver moldado profundamente a terapia "centrada no cliente" e toda a profissão de counselling. "Eu me contaminei com as idéias de Rank," disse Rogers (Rank, 1996, p.263 - do original)
Carl Rogers: 1902-1987
O escritor Paul Goodman, que foi co-fundador com Fritz Perls do método da Gestalt de psicoterapia, um dos mais populares no mundo atualmente, e um que usa o modelo aqui-e-agora de Rank no seu trabalho, descreveu as idéias pós-freudianas de Rank sobre arte e criatividade como "acima dos elogios (beyond praise)" em Gestalt Terapia. (Perls, Goodman and Hefferline, 1951, p.395 do original).
Paul Goodman: 1911-1972
Fritz Perls: 1893- 1970

Em 1974, o sociólogo Ernest Becker ganhou o prêmio Pulitzer por "The Denial of Death"(A Negação da Morte) (1973), que se baseou nos escritos pós-freudianos de Rank, especialmente "Will Therapy"(Terapia da Vontade) (1929-31), "Psychology of the Soul"(Psicologia da Alma) (1930) e "Art and Artist"(Arte e Artista) (1932).

Ernest Becker: 1924-1974

O padre e teólogo americano Mathew Fox, fundador da Creation Spirituality e Wisdom University, considera Rank como um dos mais importantes psicólogos do século 20. Veja, especialmente, o livro dele, Creativity:Where the Divine and the Human Meet (Jeremy P.Tarcher,2002), paperback: ISBN 1-58542-329-7.
Stanislav Grof: 1931

Stanislav Grof, um dos fundadores da psicologia transpessoal, baseou muito do seu trabalho em psicologia pré-natal e perinatal no "Trauma do Nascimento" de Rank.Hoje, Rank pode ser visto como um grande pioneiro nos campos da psicologia humanista, psicoterapia existencial, terapia Gestalt e psicologia transpessoal.


Stanislav Grof - Sobre o trauma do nascimento de Otto Rank
(Fonte: Grof, Stanislav - Além do Cérebro: nascimento, morte e transcendência em psicoterapia, SP: McGraw Hill, 1987 - páginas 127 a 129 - O mundo da psicoterapia)

"Com relação ao trauma do nascimento, Freud foi o primeiro, na psicologia, a chamar a atenção para a possibilidade de que pudesse ser o protótipo e fonte de todas as ansiedades futuras."
"Enquanto Freud enfatizava as extremas dificuldades psicológicas do processo como fonte de ansiedade, Rank relacionava a ansiedade com a separação do útero materno como se fosse a separação de uma situação paradisíaca, de gratificação incondicional e livre de esforços."
"O conflito central do homem consiste no desejo de retornar ao útero e no medo deste desejo. Como resultado, qualquer mudança de uma situação agradável para uma desagradável produzirá sentimentos de ansiedade."
"A teoria de Rank acentua o elemento de separação da mãe e a perda do ventre materno como os aspectos traumáticos essenciais do nascimento. Para ele, o trauma é ser a situação pós-natal bem menos favorável que a pré-natal. Fora do ventre, a criança encara irregularidade de alimentação, ausência da mãe, oscilações de temperatura e altos ruídos. Ela deve respirar, engolir alimento e expelir matéria supérflua."
"O nascimento não é traumático apenas porque a criança se transfere de uma situação paradisíaca no ventre para condições adversas no mundo exterior; a própria passagem através do canal cervical impõe sofrimento e enorme tensão emocional e física."
"A maioria das condições psicopatológicas tem raízes na dinâmica da MPB II e MPB III, que refletem experiências sofridas durante o tempo intermediário entre o tranquilo estado intra-uterino e a existência pós-natal no mundo exterior. No processo de reviver e integrar o trauma do nascimento, o indivíduo pode estar lutando por um retorno ao ventre ou, inversamente, pela conclusão do nascimento e saída fora do canal cervical, dependendo do estágio perinatal. A tendência para exteriorizar e descarregar as sensações reprimidas e as energias geradas durante a luta pelo nascimento representa uma profunda força motivadora para um amplo espectro de comportamentos humanos. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata de agressão e sadomasoquismo, duas condições para as quais a interpretação de Rank era particularmente inconvincente. Além disso, como aconteceu com Freud, Adler e Reich - , escapa a Rank uma genuína compreensão dos campos transpessoais."