Mas, e quanto ao aspecto emocional e psicológico? Não sei se você já teve a oportunidade de fazer psicoterapia ou alguma outra terapia voltada para os aspectos da personalidade. Talvez você tenha conhecido um psicólogo (ou terapeuta) que pôde ajudar você a compreender os significados e as causas dos seus problemas, pelo menos dos principais que lhe afligiam. Não é preciso tanto: uma pessoa mais experiente dentro do seu círculo de relações (um tio, avó, alguém que você escolheu), que lhe explicavam coisas da vida, e permitiam que você visse tudo com novos olhos!
Tudo depende das experiências que você teve até agora: o autoconhecimento pode ter tido momentos agradáveis, outros razoavelmente difíceis. Se suas mudanças vieram junto com doses de sofrimento e conflitos, isso pode marcar em sua mente um caminho doloroso quando você pensa em transformação pessoal e autoconhecimento. Pare por um momento, e faça uma recapitulação da sua história. Quais acontecimentos lhe marcaram e transformaram a sua vida? Você se sente um protagonista ou um espectador? O que sente pelas pessoas à sua volta, e o que elas sentem por você? Essas perguntas lhe agradam ou incomodam?
Mudar o seu comportamento por conta própria é uma das tarefas mais desafiantes que uma pessoa se propõe a realizar. Quantas vezes já tentou mudar um pensamento ou sentimento incômodo em relação a situações conhecidas? Ou então, desejou se sentir diferente com relação a uma pessoa próxima?
A psicoterapia verbal é um tipo de terapia muito conhecida e valorizada pela ciência. É uma opção, entre muitas outras, mas não serve para todas as pessoas, em todos os momentos de vida. Uma terapia deve atender às necessidades dos pacientes, e não o contrário. É necessário respeitar o jeito que cada pessoa vive o mundo e a si mesma. Porque são as experiências que transformam as pessoas, não apenas uma palavra ou a interpretação de um terapeuta. Essa é uma dentre muitas das razões, pelas quais as pessoas buscam novidades. Elas querem ter experiências que lhes permitam transformar os sentimentos, as crenças e os conceitos a respeito do mundo e delas mesmas.
Partindo deste princípio, as psicoterapias vivenciais são uma modalidade de terapia que, através de recursos diferenciados, além da conversa ou análise, facilita o acesso à nós mesmos. Costumam ter resultados efetivos, que ocorrem em relativamente pouco tempo. Nessas terapias, a conversa se limita ao básico, sem análises ou explicações sobre a experiência. Porque a psicoterapia experiencial tem como foco as experiências, e não as explicações destas. No devido tempo, a compreensão da experiência e os seus efeitos aparecem para a pessoa, sem a necessidade de uma intervenção externa do terapeuta. Você passa por um entrevista inicial, onde são obtidas informações da sua história de vida e saúde física. Antes de iniciar as sessões, são explicados quais são os procedimentos, como por exemplo, deitar, fechar os olhos, respirar desse modo, etc. Se a pessoa quiser, a conversa ajudar a compreender o que foi vivido. Mas não é o único caminho.
Então, existem vários tipos de terapia voltadas para o autoconhecimento, que utilizam ferramentas variadas, além da conversa: respiração consciente, ressignificação de memórias, exercícios e movimentos corporais, terapia através da expressão artística, entre outras. Cabe a você descobrir qual delas funciona melhor para a sua pessoa. Afinal, terapia é sinônimo de sentir-se melhor com você mesmo.