Psicoterapia da Respiração

Respiração Consciente ou Psicologia da Respiração, implica em respirar de um modo específico e intencional, utilizando o controle do processo e mirando o Autoconhecimento. 

A Respiração feita de modo intencional é uma ferramenta segura, prática e acessível para todas as pessoas. 

O respirante acessa os conteúdos internos; pensamentos , sentimentos, sensações e memórias, que estão prontas para tornarem-se conscientes, e que são uma linguagem silenciosa, revelando o funcionamento da consciência desde o inicio da existência e antes da linguagem verbal. 

Todos os conteúdos que chegam a consciência são relevantes e essenciais para o equilíbrio do indivíduo.  

São informações sobre sua identidade e história: quem sou, de onde venho, para onde vou, para quê estou aqui, e onde estou. 

Essas informações são mais completas daquelas que são aprendidas na educação convencional, e incluem aspectos ampliados, que se ligam ao coletivo humano e planetário, atravessando e indo além, das classificações históricas, raciais, territoriais e étnicas vigentes. 

O método da Respiração Consciente é seguro e acessível, é uma terapia complementar ao tratamento convencional, que são as psicoterapias e o tratamento médico ou psiquiátrico. 

Ao ser realizada de modo combinado com essas terapias, observam se efeitos potencializados na melhora de sintomas de ansiedade, tristeza, melancolia e depressão, chegando a reduzir significativamente a dosagem de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e dos estabilizadores de humor. 

O Autoconhecimento e os métodos que conduzem a essa experiência são hábitos e um processo de constante atualização das referências pessoais. 

O objetivo desta técnica é proporcionar a autonomia e auto cuidado, no qual a pessoa sabe acessar e trabalhar com seus próprios conteúdos e questões emocionais. 

O processo de amadurecimento psicológico e existencial conduz a uma percepção adulta de si mesmo e do mundo ao redor, sendo coerente que as pessoas conheçam e tenham hábitos de equilíbrio e higiene mental, tais como a meditação, respiração, e exercícios lúdicos que trabalham a mente e o corpo de modo integral. 

Sonhos Lúcidos

O que são os sonhos lúcidos, segundo a perspectiva Transpessoal? São diferentes dos sonhos convencionais? É possível induzir uma pessoa aos sonhos lúcidos?

De acordo com a Gestalt Terapia, uma abordagem humanista, e que se aproxima da Transpessoal, os sonhos em geral, são mensagens do inconsciente, que revelam ao sonhador aspectos da existência que podem ser percebidos e trazidos à consciência.

O termo "lucidez" está diretamente relacionado com o significado de "consciência". 

Lucidez vem da palavra Luz, que, nas tradições espirituais e textos antigos, é o sinônimo de consciência. 

Sonhos lúcidos são fenômenos de elucidação, clarificação, do momento exato no qual uma pessoa está sonhando. 

Os sonhos são uma abertura do inconsciente, trazendo à luz, conteúdos, desejos, imagens, fantasias, memórias e medos, que foram esquecidos ou reprimidos. 

Didaticamente falando, o fenômeno do sonhar de modo lúcido consiste em uma expansão da consciência. 

Para ocorrer uma expansão consciencial requer uma dose de energia, e que a pessoa esteja devidamente descansada, com o sono em dia, e com vitalidade. 

Os sonhos lúcidos ocorrem no meio da madrugada ou após pelo menos 6 horas de sono reparador. 

Cada pessoa tem uma tendência a experimentar aspectos mais concretos e impactantes, ou pelo outro extremo, visões a reinos espirituais, conexões com entidades luminosas e sentimentos de união com a totalidade da existência. 

Pessoas pragmáticas, diretas e objetivas, que são ligadas ao aspecto material e objetivo da existência, tendem a lidar de modo diferente com a experiência - e as suas experiências de sonhar costumam ser bem absolutas e auto evidentes. Devido à sua tendência de assumir os fenômenos da consciência de modo mais direto, com uma característica objetiva, palpável, e predominantemente visual/estética. 

Por outro lado, pessoas que são mais temerosas e têm um grau maior de autocontrole, tendem a relativizar suas experiências, buscando o significado, levando para o aspecto simbólico e menos literal. Tendem a se fixar nos sentimentos e associações que os sonhos despertaram neles, e nem sempre se apegam aos conteúdos estéticos e visuais dos sonhos. 

Segundo Stephen Laberge, pesquisador e psicobiologista de sonhos lúcidos, é possível aumentar as chances de sonhar de modo lúcido:

1)  Questionar-se durante o dia, no estado de vigília, se estamos mesmo acordados ou se ainda sonhamos - ao fazer esse questionamento, desenvolve-se a capacidade de observar de um modo mais lúcido, crítico e menos reativo, de uma maneira geral, e o cérebro fica sendo treinado a fazer esse mesmo exercício de se perguntar "o que realmente está acontecendo agora?" , tanto dormindo quanto acordado.

2) Antes de dormir, fazer uma autosugestão, ou comando ao inconsciente, para saber quando estiver sonhando e despertar a consciência durante esse processo. Despertar a consciência, sem sair do sonho, esse é o objetivo do sonhador. 

A lucidez e a consciência durante o sonho também estão ligados à capacidade da memória do sonhador. Uma vez que sonhamos todas as noites, mas não possuímos energia suficiente para ativar a memória de longo prazo. 

Consciência é memória, mas esse tema será abordado em outro artigo..