Você já fez os seus planos para o ano que vem? Não precisa ser exclusivamente o ano novo cristão, pode ser o ano novo do seu aniversário, ou ainda um momento novo que você escolhe realizar por sua conta própria.
Quando eu penso em planos para o futuro, costumo pensar:
- Quero mais disso, menos daquilo...
- Quero ser melhor nessa atividade...
- Quero ganhar mais dinheiro do que agora...ou fazer mais atividades do que agora...
Ou seja, o plano consiste em aspectos comparativos: serei MAIS do que sou, terei MAIS, serei MELHOR nisso do que sou agora, e assim por diante.
O problema é que ISSO NÃO FUNCIONA!
Sabe por quê? Dessa forma, estamos nos comparando NEGATIVAMENTE em relação ao futuro. Como o futuro não existe, é apenas um PLANO, ou PROJETO VIRTUAL, aquilo que é REAL e PRESENTE fica prejudicado.
Então, como fazer? Pense e planeje metas CONCRETAS:
- Quero fazer X por mês no ano que vem...
- Quero conseguir realizar TAL atividade ou projeto específico...
- Vou correr X kilometros por dia no ano que vem..
Assim, pelo menos temos projetos DELIMITADOS e que não fazem parte de um JULGAMENTO ou AVALIAÇÃO do momento PRESENTE.
Como já dizia o B.F. Skinner, o reforço negativo (punição) não funciona. Mesmo assim, somos MESTRES nisso, em relação a nós mesmos... (Essa segunda frase não sei se é dele mesmo)
Vou fazer, e depois lhes conto os resultados.
Olá! Meu nome é Antonio Vaszken, sou o organizador deste espaço sobre Psicologia Transpessoal Aplicada - Deseja receber Informações, fazer orçamento de psicoterapia, enviar dúvidas e sugestões: E-mail transpessoal@live.com.
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GRUPOS DE RENASCIMENTO - INTEGRAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
O inverso também é verdadeiro: podemos alterar o modo como nos encontramos respirando conscientemente. Porque a respiração é também esse ponto mágico em que o sistema nervoso voluntário se encontra com o involuntário e podemos intervir num processo que, a princípio, é automático. Há milênios a sabedoria oriental vem nos ensinando que os exercícios respiratórios podem nos trazer inúmeros benefícios.
O conceito de "Integração da Consciência" surgiu da observação prática desse trabalho, onde os aspectos pouco conhecidos do nosso ser costumam vir à consciência, e podem ser integrados à mesma. São modos de ser, valores, crenças e sentimentos, que antes estavam des-integrados, e que, depois de integrados, assumem os seus lugares próprios na disposição do ser-no-mundo, de cada pessoa.
Este trabalho fundamentado na moderna psicologia transpessoal, resgata a respiração como caminho de autoconhecimento e de transformação, simples e sofisticado ao mesmo tempo, ensinando-nos a viver, através da respiração, uma experiência de ampliação da consciência que nos permite acessar aspectos do nosso ser não percebidos no dia-a-dia.
Próximas datas:
Sábado 24/11 - Palestra Experiencial Gratuita, das 16h às 18h
Domingo 25/11 - Oficina Renascimento - Integração da Consciência, das 11h às 16h
Objetivos:
Relaxamento profundo, desenvolvimento pessoal, bem-estar, diminuição da ansiedade e do estresse, autoconhecimento.
Relaxamento profundo, desenvolvimento pessoal, bem-estar, diminuição da ansiedade e do estresse, autoconhecimento.
Coordenação:
Antonio Vaszken Dichtchekenian: Terapeuta; Pós-graduado em Psicologia Transpessoal Aplicada pelo Centro Psicoterápico e Transpessoal de Goiânia, chancela da Universidade Católica de Goiás - GO.
Horários:
Oficina de Renascimento - Integração da Consciência:
Domingos, das 11h às 16h
Horários:
Oficina de Renascimento - Integração da Consciência:
Domingos, das 11h às 16h
Investimento:
R$185 (cento e oitenta e cinco reais)
Formas de Pagamento:
Pagamento eletrônico no débito ou crédito
Otto Rank
Citações de Otto Rank
http://www.ottorank.com/home/quotes-by-rank
- Diario - Dezembro 1904
- Extraído de uma carta a Jessie Taft, citada em "Denial of Death (A Negação da Morte)", de Ernest Becker"A correta didática da análise é aquela que não difere em nada do tratamento curador. Como, realmente, poderá o futuro analista aprender a técnica se ele não a experimenta exatamente como deve aplicá-la depois?"
Projeção e Identificação
"Quanto mais rica - ela é, mais variada e completa - a vida emocional de um indivíduo, menos ele tende à projeção, e mais inclinado ele será à identificação. Sua válvula de escape e satisfação vem da identificação de si mesmo com as emoções do outro. Por outro lado, quanto mais estreita e restrita é a vida de um indivíduo, mais intensas serão as suas poucas emoções, menos inclinado a, e menos capaz de, identificar-se - a falta do que ele tem de compensar através da projeção. Projeção, assim prova-se ser um mecanismo de compensação que ajusta uma ausência/falta interna. Identificação, por outro lado, é uma expressão de abundância, do desejo por união, por alianças, por compartilhamento."
"Quanto mais rica - ela é, mais variada e completa - a vida emocional de um indivíduo, menos ele tende à projeção, e mais inclinado ele será à identificação. Sua válvula de escape e satisfação vem da identificação de si mesmo com as emoções do outro. Por outro lado, quanto mais estreita e restrita é a vida de um indivíduo, mais intensas serão as suas poucas emoções, menos inclinado a, e menos capaz de, identificar-se - a falta do que ele tem de compensar através da projeção. Projeção, assim prova-se ser um mecanismo de compensação que ajusta uma ausência/falta interna. Identificação, por outro lado, é uma expressão de abundância, do desejo por união, por alianças, por compartilhamento."
Chelsea, time de futebol de Londres da Inglaterra |
Na Sociedade Psicanalítica de Viena
(...) Em 1924 Rank publicou "O Trauma do Nascimento", explorando como a arte, mito, religião, filosofia e terapia foram iluminadas pela "ansiedade de separação" na "fase antes do desenvolvimento do Complexo de Édipo" (p.216 - do original). Mas não existia tal fase nas teorias de Freud. O Complexo de Édipo, explicado por Freud exautivamente, era o núcleo da neurose e a fonte original de toda arte, mito, religião, filosofia, terapia - de toda cultura humana e civilização. Foi a primeira vez que alguém do círculo interno se atrevera a sugerir que o Complexo de Édipo pudesse não ser o supremo fator causal na psicanálise. Também foi a primeira vez que alguém no círculo interno se atrevera a sugerir que haveria um complexo "pré-Edipiano" - um termo que não existira até aquele ponto. Rank foi o primeiro a usar o termo "pré-Edipiano" em um fórum público psicanalítico em 1925 (Rank, 1996, p.43 - do original). Na nova edição do Dicionário Oxford Inglês, Rank será creditado como criador desse termo, que se pensava ter sido introduzido por Freud em 1932.
Édipo e a esfinge |
Influência
Rollo May, um pioneiro da psicoterapia existencial nos Estados Unidos, foi profundamente influenciado pelas leituras e escritas pós-freudianas de Rank, e sempre considerou Rank o mais importante precursor da terapia existencial. Logo após sua morte, Rollo May escreveu o pósfácio a coleção editada por Robert Kramer dos escritos americanos de Rank. "Sempre achei Otto Rank o grande gênio irreconhecido no círculo de Freud," disse May (Rank, 1996, p.xi - do original).
Em 1936 Carl Rogers, o psicólogo mais influente nos EUA depois de William James, convidou Otto Rank a fazer uma série de leituras em Nova Yorque sobre os modelos pós-freudianos de terapia experiencial e relacional rankianos. Rogers se transformou com essas leituras e sempre creditou Rank por haver moldado profundamente a terapia "centrada no cliente" e toda a profissão de counselling. "Eu me contaminei com as idéias de Rank," disse Rogers (Rank, 1996, p.263 - do original)
Carl Rogers: 1902-1987 |
O escritor Paul Goodman, que foi co-fundador com Fritz Perls do método da Gestalt de psicoterapia, um dos mais populares no mundo atualmente, e um que usa o modelo aqui-e-agora de Rank no seu trabalho, descreveu as idéias pós-freudianas de Rank sobre arte e criatividade como "acima dos elogios (beyond praise)" em Gestalt Terapia. (Perls, Goodman and Hefferline, 1951, p.395 do original).
Paul Goodman: 1911-1972 |
Fritz Perls: 1893- 1970 |
Em 1974, o sociólogo Ernest Becker ganhou o prêmio Pulitzer por "The Denial of Death"(A Negação da Morte) (1973), que se baseou nos escritos pós-freudianos de Rank, especialmente "Will Therapy"(Terapia da Vontade) (1929-31), "Psychology of the Soul"(Psicologia da Alma) (1930) e "Art and Artist"(Arte e Artista) (1932).
Ernest Becker: 1924-1974 |
O padre e teólogo americano Mathew Fox, fundador da Creation Spirituality e Wisdom University, considera Rank como um dos mais importantes psicólogos do século 20. Veja, especialmente, o livro dele, Creativity:Where the Divine and the Human Meet (Jeremy P.Tarcher,2002), paperback: ISBN 1-58542-329-7.
Stanislav Grof: 1931 |
Stanislav Grof, um dos fundadores da psicologia transpessoal, baseou muito do seu trabalho em psicologia pré-natal e perinatal no "Trauma do Nascimento" de Rank.Hoje, Rank pode ser visto como um grande pioneiro nos campos da psicologia humanista, psicoterapia existencial, terapia Gestalt e psicologia transpessoal.
Stanislav Grof - Sobre o trauma do nascimento de Otto Rank
(Fonte: Grof, Stanislav - Além do Cérebro: nascimento, morte e transcendência em psicoterapia, SP: McGraw Hill, 1987 - páginas 127 a 129 - O mundo da psicoterapia)
"Com relação ao trauma do nascimento, Freud foi o primeiro, na psicologia, a chamar a atenção para a possibilidade de que pudesse ser o protótipo e fonte de todas as ansiedades futuras."
"Enquanto Freud enfatizava as extremas dificuldades psicológicas do processo como fonte de ansiedade, Rank relacionava a ansiedade com a separação do útero materno como se fosse a separação de uma situação paradisíaca, de gratificação incondicional e livre de esforços."
"O conflito central do homem consiste no desejo de retornar ao útero e no medo deste desejo. Como resultado, qualquer mudança de uma situação agradável para uma desagradável produzirá sentimentos de ansiedade."
"A teoria de Rank acentua o elemento de separação da mãe e a perda do ventre materno como os aspectos traumáticos essenciais do nascimento. Para ele, o trauma é ser a situação pós-natal bem menos favorável que a pré-natal. Fora do ventre, a criança encara irregularidade de alimentação, ausência da mãe, oscilações de temperatura e altos ruídos. Ela deve respirar, engolir alimento e expelir matéria supérflua."
"O nascimento não é traumático apenas porque a criança se transfere de uma situação paradisíaca no ventre para condições adversas no mundo exterior; a própria passagem através do canal cervical impõe sofrimento e enorme tensão emocional e física."
"A maioria das condições psicopatológicas tem raízes na dinâmica da MPB II e MPB III, que refletem experiências sofridas durante o tempo intermediário entre o tranquilo estado intra-uterino e a existência pós-natal no mundo exterior. No processo de reviver e integrar o trauma do nascimento, o indivíduo pode estar lutando por um retorno ao ventre ou, inversamente, pela conclusão do nascimento e saída fora do canal cervical, dependendo do estágio perinatal. A tendência para exteriorizar e descarregar as sensações reprimidas e as energias geradas durante a luta pelo nascimento representa uma profunda força motivadora para um amplo espectro de comportamentos humanos. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata de agressão e sadomasoquismo, duas condições para as quais a interpretação de Rank era particularmente inconvincente. Além disso, como aconteceu com Freud, Adler e Reich - , escapa a Rank uma genuína compreensão dos campos transpessoais."
Seja a chuva que for
" A experiência de ser a chuva pode ser exatamente a mesma para todas as pessoas, independente das suas origens e valores.(...)"
As experiências nos estados ampliados de consciência podem alcançar níveis que vão bem além do domínio da consciência pessoal. É possível sentir que somos uma outra pessoa ou um grupo de pessoas, um animal, uma planta ou até mesmo um processo da natureza. As possibilidade são infinitas, e a finalidade de tais experiências não podem ser totalmente explicadas antes delas acontecerem.
Segundo a Fenomenologia, a experiência pessoal é única e intransferível. Ou seja, o modo de alguém sentir e viver a realidade é particular, e não pode ser generalizado. O modo como cada Homem, cada ser-no-mundo habita o mundo é próprio.
Quando a consciência se expande além dos limites individuais, e acessamos uma experiência de ser-a-chuva, por exemplo, esse modo único de sentir e de ser não pode ser aplicado. Não podemos dizer que aquela pessoa teve uma experiência única de ser a chuva. Pois a chuva não é um ser-no-mundo, não é um Homem. É um ente, um objeto do mundo. Apenas o significado ou o sentido que a pessoa tem pode ser único e próprio, relativo ao seu modo de ser.
Uma vez que ocorre a expansão da consciência, algumas referências pessoais podem se alterar definitivamente. Crenças a respeito da realidade e a respeito de si mesmo sofrem mudanças, pois houve uma expansão total das referências. Você não vê uma cidade do mesmo jeito depois que a vê de cima de um arranha-céus...
Chuva em São Paulo vista da região da Avenida Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1) |
A experiência de ser a chuva pode ser exatamente a mesma para todas as pessoas, independente de quem ela seja, das suas origens e valores. Saber como é ser chuva, os pingos e a água toda caindo do céu, de uma maneira extremamente precisa e objetiva. Sendo cada gota e ao mesmo tempo a chuva toda. São informações verdadeiras, que podem servir de base para ampliar conhecimentos técnicos a respeito do fenômeno meteroelógico da chuva, e principalmente, mudar a hierarquia de valores que regem a visão de mundo de uma pessoa.
Tive uma experiência bem próxima desta: De repente, pude saber como é ser a enorme nuvem de chuva que realmente pairava acima do local onde eu me encontrava. Consegui sentir e saber intuitivamente que, do ponto de vista da chuva, ninguém que estava lá embaixo era importante, ou alvo de punição ou recompensa. Se alguém estava atrasado para se locomover até o outro extremo da cidade, isso era totalmente irrelevante frente à imensidão da nuvem de chuva que pairava acima daquelas pessoas.
Pois a chuva não era uma consequência das minhas boas ou más atitudes. Ela simplesmente acontece porque tem que acontecer.
Meu ego ficou diminuído, minhas preocupações individualistas tornaram-se pequenas frente à gigantesca nuvem de chuva que estava sobre São Paulo, às 17 horas daquele dia.
Por isso é que os estados ampliados de consciência são tão poderosos e transformadores: eles permitem que a pessoa se conecte com dados da realidade que não dependem das características individuais daquele que os observa. Isso permite uma mudança na filosofia de vida e nos paradigmas que definem o que é a realidade, o mundo, os outros e a nós mesmos.
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Glossário de Transpessoal Grofiana
Tudo o que se pensa a respeito da realidade tem a ver com o paradigma utilizado para compreendê-la. A realidade é complexa demais e não é possível entendê-la totalmente, apenas fragmentos. Um paradigma é um MAPA da realidade, é uma representação possível e mais aproximada do real. Ainda assim, é incompleto, pois não consegue incluir todos os fenômenos existentes.
Acontece que quanto mais usamos um paradigma, passamos a nos acostumar, ao ponto de confundí-lo com a própria realidade. Um paradigma pode definir aquilo que é normal e aquilo que é anormal. Dessa forma, tudo o que não se encaixa na explicação, no modelo existente, que explica a realidade é considerado anormal. E vai além disso, pois consegue definir aquilo que é real ou não. Nem todos os fenômenos podem ser explicados a partir de um único modelo de realidade. Quando aparecem fenômenos que não se encaixam no modelo atual, no paradigma atual, existem duas opções:
1) Os fenômenos são simplesmente ignorados, como falsos ou alucinatórios, produtos de mentes desequilibradas ou de falsas percepções. Por conseguinte, os sujeitos também ficam estigmatizados como desequilibrados ou mal informados a respeito da realidade consensual.
2) Os fenômenos começam a ser estudados com mais atenção, a ponto de serem incluídos no paradigma, chegando a ampliar a definição atual a respeito da realidade. Esse ponto é crítico e costuma ser alvo de muitas críticas, pois questiona todos os fundamentos do paradigma existente, e anunciam a criação de um novo modelo, sob o risco de desvalorizar o paradigma atual.
Os termos a seguir fazem parte de um determinado paradigma, que busca incluir novos fenômenos, e considerá-los reais e humanos. Durante muito tempo, alguns dos fenômenos a seguir descritos eram considerados fantasiosos, alucinatórios, místicos e produtos de mentes infantilizadas ou desequilibradas, sob o ponto de vista de autoridades médicas e psiquiátricas do século XX.
Ainda nos dias atuais, nem todas as linhas de estudo da saúde humana consideram esse paradigma, ele está em fase de transição, porém é mais bem aceito. Essa aceitação se deu graças a possibilidade de maior acesso de um número cada vez maior de pessoas, aos estados de consciência que vão além do estado acordado ou dormindo. E também em função da observação dos resultados práticos observados na percepção da realidade que estas experiências proporcionam.
Não se trata de recreação ou prazer mental. É um empreendimento de autoconhecimento, ao mesmo tempo que promove conhecimento do mundo e das relações existentes no mundo. O modo de percepção da realidade é modificado, de maneira qualitativa e interessante.
COEX - Abreviação de "COndensed EXperiences", ou experiências condensadas. É uma teoria sobre a organização da psique humana. O conteúdo que emerge da consciência (memórias, fantasias) é todo conectado entre si, tendo como ponto em comum uma emoção ou sensação física. O fio que liga cada experiência emergente e cada fantasia, uma à outra, é uma emoção que pertence a todas e a cada uma delas, ao mesmo tempo.
Consciência - Existem duas perspectivas distintas a respeito da origem da consciência:
A medicina tradicional e a ciência newtoniana-cartesiana consideram que a consciência é um produto da matéria. Desse modo, todas as manifestações são causadas por reações químicas de neuro-transmissores. As emoções, pensamentos e o comportamento dependem do equilíbio químico e eletromagnético do cérebro. Qualquer distúrbio de comportamento é visto como um desequilíbrio químico, e quase não se consideram as influências ambientais. As influências são praticamente genéticas ou hereditárias.
A visão psicológica moderna da consciência considera a consciência um elemento presente em todos os lugares do Universo, e a partir do qual todos os outros existem. A consciência não se restringe ao cérebro, ainda que ela possa ser influenciada por mudanças químicas do mesmo. Ela depende de experiências pessoais para criar um modo de percepção, ou já existem padrões pré-determinados que moldam a maneira como as experiências são registradas no cérebro?
Apenas um exemplo: Observou-se que muitos detentos que cometeram assassinato possuem histórico de abuso sexual ou distúrbios de relacionamento com os pais. Ao mesmo tempo, quantas pessoas possuem um histórico semelhante, de abusos e distúrbios de relacionamento, e nem por isso cometeram crimes ou são considerados perigosos.
Para Stanislav Grof, a consciência pode apresentar vários estados, além da vigília e do sono. Ela se divide em dois modos - o hilotrópico e o holotrópico, sendo que uma pessoa saudável alterna entre ambos. Permanecer apenas em um deles constitui dificuldades de relacionamento com o mundo. Seja com aspectos práticos da realidade, no caso de alguém fica somente no holotrópico, ou com aspectos da espiritualidade genuína, no caso de uma consciência voltada totalmente para o hilotrópico.
Hilotrópico - "Hilo" significa matéria. É o modo de consciência orientado para a matéria, que estamos acostumados a perceber o cotidiano e a realidade material. Existem objetos e entes separados entre si, o tempo se move do presente para o futuro, o espaço é tridimensional e sólido. A consciência de si mesmo é de alguém isolado e separado do mundo e dos outros.
Holotrópico - "Holos" quer dizer totalidade, todo. Nos estados holotrópicos (termo cunhado por Stanislav Grof) a consciência se expande além dos limites temporais e espaciais da realidade cotidiana. Quando se expande até o estado holotrópico, nos percebemos conectados e em relação direta com uma vastidão de imagens, símbolos, arquétipos e experiências, além da nossa compreensão e do nosso controle.
Fenomenologia - Aquilo que se apresenta, sob o ponto de vista do sujeito. Todas as descrições das experiências são relatadas sob o ponto de vista daquele que a experimenta, e não de um observador externo. A fenomenologia de uma matriz perinatal descreve como é estar sob influência dela, do ponto de vista do sujeito.
Perinatal - O domínio perinatal do inconsciente é um intermediário entre o inconsciente individual e o inconsciente transpessoal. É um "imã" de emoções, sensações, imagens relacionadas ao reviver do parto biológico e também do renascimento psicoespiritual. Não nos encontramos em contato apenas com as memórias e fantasias do inconsciente individual, como aquele descrito por Sigmund Freud. Temos acesso a arquétipos, padrões experienciais, através dos quais podemos ultrapassar o limite individual e nos identificar com outros seres, nas mesmas condições que experienciamos. O prefixo "peri" significa próximo ou ao redor, e "natal" quer dizer nascimento. Assim, perinatal diz respeito ao período que vai desde que o feto é concebido, até a sua saída completa pelo canal de parto, para o mundo.
Acontece que quanto mais usamos um paradigma, passamos a nos acostumar, ao ponto de confundí-lo com a própria realidade. Um paradigma pode definir aquilo que é normal e aquilo que é anormal. Dessa forma, tudo o que não se encaixa na explicação, no modelo existente, que explica a realidade é considerado anormal. E vai além disso, pois consegue definir aquilo que é real ou não. Nem todos os fenômenos podem ser explicados a partir de um único modelo de realidade. Quando aparecem fenômenos que não se encaixam no modelo atual, no paradigma atual, existem duas opções:
1) Os fenômenos são simplesmente ignorados, como falsos ou alucinatórios, produtos de mentes desequilibradas ou de falsas percepções. Por conseguinte, os sujeitos também ficam estigmatizados como desequilibrados ou mal informados a respeito da realidade consensual.
2) Os fenômenos começam a ser estudados com mais atenção, a ponto de serem incluídos no paradigma, chegando a ampliar a definição atual a respeito da realidade. Esse ponto é crítico e costuma ser alvo de muitas críticas, pois questiona todos os fundamentos do paradigma existente, e anunciam a criação de um novo modelo, sob o risco de desvalorizar o paradigma atual.
Os termos a seguir fazem parte de um determinado paradigma, que busca incluir novos fenômenos, e considerá-los reais e humanos. Durante muito tempo, alguns dos fenômenos a seguir descritos eram considerados fantasiosos, alucinatórios, místicos e produtos de mentes infantilizadas ou desequilibradas, sob o ponto de vista de autoridades médicas e psiquiátricas do século XX.
Ainda nos dias atuais, nem todas as linhas de estudo da saúde humana consideram esse paradigma, ele está em fase de transição, porém é mais bem aceito. Essa aceitação se deu graças a possibilidade de maior acesso de um número cada vez maior de pessoas, aos estados de consciência que vão além do estado acordado ou dormindo. E também em função da observação dos resultados práticos observados na percepção da realidade que estas experiências proporcionam.
Não se trata de recreação ou prazer mental. É um empreendimento de autoconhecimento, ao mesmo tempo que promove conhecimento do mundo e das relações existentes no mundo. O modo de percepção da realidade é modificado, de maneira qualitativa e interessante.
COEX - Abreviação de "COndensed EXperiences", ou experiências condensadas. É uma teoria sobre a organização da psique humana. O conteúdo que emerge da consciência (memórias, fantasias) é todo conectado entre si, tendo como ponto em comum uma emoção ou sensação física. O fio que liga cada experiência emergente e cada fantasia, uma à outra, é uma emoção que pertence a todas e a cada uma delas, ao mesmo tempo.
Consciência - Existem duas perspectivas distintas a respeito da origem da consciência:
A medicina tradicional e a ciência newtoniana-cartesiana consideram que a consciência é um produto da matéria. Desse modo, todas as manifestações são causadas por reações químicas de neuro-transmissores. As emoções, pensamentos e o comportamento dependem do equilíbio químico e eletromagnético do cérebro. Qualquer distúrbio de comportamento é visto como um desequilíbrio químico, e quase não se consideram as influências ambientais. As influências são praticamente genéticas ou hereditárias.
A visão psicológica moderna da consciência considera a consciência um elemento presente em todos os lugares do Universo, e a partir do qual todos os outros existem. A consciência não se restringe ao cérebro, ainda que ela possa ser influenciada por mudanças químicas do mesmo. Ela depende de experiências pessoais para criar um modo de percepção, ou já existem padrões pré-determinados que moldam a maneira como as experiências são registradas no cérebro?
Apenas um exemplo: Observou-se que muitos detentos que cometeram assassinato possuem histórico de abuso sexual ou distúrbios de relacionamento com os pais. Ao mesmo tempo, quantas pessoas possuem um histórico semelhante, de abusos e distúrbios de relacionamento, e nem por isso cometeram crimes ou são considerados perigosos.
Para Stanislav Grof, a consciência pode apresentar vários estados, além da vigília e do sono. Ela se divide em dois modos - o hilotrópico e o holotrópico, sendo que uma pessoa saudável alterna entre ambos. Permanecer apenas em um deles constitui dificuldades de relacionamento com o mundo. Seja com aspectos práticos da realidade, no caso de alguém fica somente no holotrópico, ou com aspectos da espiritualidade genuína, no caso de uma consciência voltada totalmente para o hilotrópico.
Hilotrópico - "Hilo" significa matéria. É o modo de consciência orientado para a matéria, que estamos acostumados a perceber o cotidiano e a realidade material. Existem objetos e entes separados entre si, o tempo se move do presente para o futuro, o espaço é tridimensional e sólido. A consciência de si mesmo é de alguém isolado e separado do mundo e dos outros.
Holotrópico - "Holos" quer dizer totalidade, todo. Nos estados holotrópicos (termo cunhado por Stanislav Grof) a consciência se expande além dos limites temporais e espaciais da realidade cotidiana. Quando se expande até o estado holotrópico, nos percebemos conectados e em relação direta com uma vastidão de imagens, símbolos, arquétipos e experiências, além da nossa compreensão e do nosso controle.
Fenomenologia - Aquilo que se apresenta, sob o ponto de vista do sujeito. Todas as descrições das experiências são relatadas sob o ponto de vista daquele que a experimenta, e não de um observador externo. A fenomenologia de uma matriz perinatal descreve como é estar sob influência dela, do ponto de vista do sujeito.
Perinatal - O domínio perinatal do inconsciente é um intermediário entre o inconsciente individual e o inconsciente transpessoal. É um "imã" de emoções, sensações, imagens relacionadas ao reviver do parto biológico e também do renascimento psicoespiritual. Não nos encontramos em contato apenas com as memórias e fantasias do inconsciente individual, como aquele descrito por Sigmund Freud. Temos acesso a arquétipos, padrões experienciais, através dos quais podemos ultrapassar o limite individual e nos identificar com outros seres, nas mesmas condições que experienciamos. O prefixo "peri" significa próximo ou ao redor, e "natal" quer dizer nascimento. Assim, perinatal diz respeito ao período que vai desde que o feto é concebido, até a sua saída completa pelo canal de parto, para o mundo.
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