A Psicologia Transpessoal visa integrar os conceitos da ciência ocidental com as filosofias orientais. Considera a espiritualidade um aspecto fundamental do humano, sem a qual pode-se viver de uma maneira bastante doente, tanto individual quanto coletivamente.
De uma maneira geral, o que a Transpessoal tem a trazer de novo é uma noção de que o ser humano é multi-determinado. Não somos apenas aquilo que a nossa história pessoal nos moldou , nem somos apenas o que o ambiente nos condicionou. Também não somos apenas seres que tem instintos, valores, crenças, razão e emoção, e que vivem numa luta constante em busca de equilíbrio. Somos tudo isso, sem dúvida!
Somos também seres que estão ligados a uma inteligência ou consciência muito maior e mais complexa do que a humana. O que também nos determina ou influencia é uma ligação com essa consciência. Tal conexão não é condicionada por nossa criação ou educação. A ausência de sentimento de tal conexão pode levar uma pessoa a se tornar viciada em substâncias tóxicas, em comportamentos obsessivos, a ser extremamente ansiosa, entre outras coisas.
Fazemos parte de um contexto maior do que o humano. Somos parte de um ecossistema de seres que também são dotados de consciência, como os animais, plantas, processos físicos e químicos dos quais muitas vezes não temos o conhecimento de como ou por quê acontecem.
Essa visão ampliada está cada vez mais se mostrando verdadeira e cientificamente comprovada, ao mesmo tempo que modifica ligeiramente aquilo que se entende por rigor científico. Aquilo que antes era considerado impossível de ser replicado, atualmente é mais aceito de ser incluído na lista do que se compreende como Ciência. Por exemplo, experiências místicas ou religiosas com potencial curativo, e integrador. Estudos sobre paranormalidade, levando em conta aspectos qualitativos, que ultrapassam e ampliam a zona de normalidade previamente estabelecida.
Espiritualidade não é o mesmo que religião, não segue doutrinas e não necessita de templos. Seus parâmetros de saúde e bem-estar são ampliados, no sentido de ver o ser humano um ser capaz de se auto-realizar e ter acesso a experiências transcendentes, profundas e transformadoras.
A seguir alguns conceitos da visão transpessoal de Stanislav Grof:
A consciência não se restringe ao Ego e ao inconsciente individual, não é restrito as experiências pessoais e fantasias inconscientes. Existem também os Domínios Perinatal e Transpessoal. Todos esses domínios são acessíveis a qualquer pessoa sem o uso de drogas, a partir de técnicas de meditação, de práticas de alteração de consciência.
Tais domínios não seguem uma ordem linear rígida. Metaforicamente, cada nível representa uma oitava musical de causalidades, daquilo influencia o modo de estar no mundo. Nem todas as causas se restringem ao dominio biográfico, à história pessoal. Existem também causas perinatais e transpessoais, que operam ao mesmo tempo que as causas biográficas, a todo momento na vida das pessoas, não apenas em estados ampliados de consciência. Porém, a transformação e cura da consciência só acontece em estados ampliados da categoria holotrópica.
De uma maneira geral, o que a Transpessoal tem a trazer de novo é uma noção de que o ser humano é multi-determinado. Não somos apenas aquilo que a nossa história pessoal nos moldou , nem somos apenas o que o ambiente nos condicionou. Também não somos apenas seres que tem instintos, valores, crenças, razão e emoção, e que vivem numa luta constante em busca de equilíbrio. Somos tudo isso, sem dúvida!
Somos também seres que estão ligados a uma inteligência ou consciência muito maior e mais complexa do que a humana. O que também nos determina ou influencia é uma ligação com essa consciência. Tal conexão não é condicionada por nossa criação ou educação. A ausência de sentimento de tal conexão pode levar uma pessoa a se tornar viciada em substâncias tóxicas, em comportamentos obsessivos, a ser extremamente ansiosa, entre outras coisas.
Fazemos parte de um contexto maior do que o humano. Somos parte de um ecossistema de seres que também são dotados de consciência, como os animais, plantas, processos físicos e químicos dos quais muitas vezes não temos o conhecimento de como ou por quê acontecem.
Essa visão ampliada está cada vez mais se mostrando verdadeira e cientificamente comprovada, ao mesmo tempo que modifica ligeiramente aquilo que se entende por rigor científico. Aquilo que antes era considerado impossível de ser replicado, atualmente é mais aceito de ser incluído na lista do que se compreende como Ciência. Por exemplo, experiências místicas ou religiosas com potencial curativo, e integrador. Estudos sobre paranormalidade, levando em conta aspectos qualitativos, que ultrapassam e ampliam a zona de normalidade previamente estabelecida.
Espiritualidade não é o mesmo que religião, não segue doutrinas e não necessita de templos. Seus parâmetros de saúde e bem-estar são ampliados, no sentido de ver o ser humano um ser capaz de se auto-realizar e ter acesso a experiências transcendentes, profundas e transformadoras.
A seguir alguns conceitos da visão transpessoal de Stanislav Grof:
A consciência não se restringe ao Ego e ao inconsciente individual, não é restrito as experiências pessoais e fantasias inconscientes. Existem também os Domínios Perinatal e Transpessoal. Todos esses domínios são acessíveis a qualquer pessoa sem o uso de drogas, a partir de técnicas de meditação, de práticas de alteração de consciência.
Tais domínios não seguem uma ordem linear rígida. Metaforicamente, cada nível representa uma oitava musical de causalidades, daquilo influencia o modo de estar no mundo. Nem todas as causas se restringem ao dominio biográfico, à história pessoal. Existem também causas perinatais e transpessoais, que operam ao mesmo tempo que as causas biográficas, a todo momento na vida das pessoas, não apenas em estados ampliados de consciência. Porém, a transformação e cura da consciência só acontece em estados ampliados da categoria holotrópica.
Há dois modos de consciência: Hilotrópico e o Holotrópico. Ambos são importantes e essenciais, nenhum é preferível em detrimento de outro.
O hilotrópico é o modo orientado para a matéria, a realidade material, tempo e espaço determinados na ordem cronológica, espaço tridimensional, corpo físico biológico. É a realidade vivida no cotidiano.
O modo holotrópico é um modo orientado para a totalidade, transcendência dos limites espaciais, temporais, de identidade individual. É a realidade experimentada nos estados ampliados de consciência, onde pode se vivenciar alteração da temporalidade (alteração da duração do tempo, expansão ou retração, voltar ou avançar no tempo), da espacialidade (expansão ou retração, perda de limites) e da identidade (identificação com outras pessoas, parentes próximos ou distantes, pessoas em outras épocas e lugares, identificação com arquétipos, entidades e seres de outras realidades, identificação com outros seres vivos - animais, vegetais e minerais, identificação com fenômenos da natureza, processos biológicos, consciência dos processos biológicos do próprio corpo de maneira precisa).
Uma característica dos estados holotrópicos de consciência é que podemos experienciar do ponto de vista subjetivo aquilo que, no estado hilotrópico, são percebidos de maneira objetiva. Por exemplo, somos capazes de termos a experiência de sermos um animal, algum tipo de planta, um membro de outra cultura distante no tempo e no espaço, do ponto de vista deles. Nos tornamos e nos identificamos, sabemos e sentimos exatamente como é ser tal ente do mundo.
Uma vida exclusivamente holotrópica pode ser um problema, as barreiras individuais podem se mostrar ilusórias, podemos nos identificar com outras coisas e pessoas (que no modo hilotrópico são vistas como objetos, mas no holotrópico são vivenciadas como sujeito), podemos perceber o tempo expandido ou retraído, o espaço alterado, podemos ficar muito mais sensíveis às situações e às outras pessoas. Ficamos incapazes de nos concentrarmos nas preocupações materiais, nas responsabilidades cotidianas, na rotina, até mesmo em nos alimentarmos ou nos lavarmos.
Viver apenas no modo hilotrópico significa viver uma vida sem muito sentido, pois nos vemos como seres que nascem, vivem, se alimentam, relacionam, trabalham e se reproduzem e morrem. Vivemos num mundo exclusivamente material, a consciência é mero produto do cérebro, de reações químicas e alterações de substâncias no corpo. Podemos lembrar do passado com relativa facilidade, planejar e fantasiar sobre o futuro, e estarmos presentes. Mas o tempo costuma ser uma mudança constante: o presente se tornando passado e do futuro se tornando presente.
O importante é haver um equilíbrio entre os dois modos, saber estar com um pé em cada modo, alternar entre eles. Ficar preso ou estático em apenas um dos modos é estar doente. Estar preocupado apenas com as coisas materiais, possuir, consumir, arrumar, organizar, ganhar e acumular, por exemplo, pode fazer uma pessoa ser extremamente materialista, neurótica e incapaz de ver um sentido na vida sem possuir ou fazer as coisas que existem no mundo. Por outro lado, estar imerso no holotrópico, na dimensão numinosa da vida, sem conseguir lidar com os aspectos práticos da vida é complicado, e dificulta a continuidade da mesma.